Oito missionários cristãos, que estavam desaparecidos há mais de dois meses, foram encontrados mortos em uma área de mata na Colômbia. Os corpos estavam enterrados juntos e só foram localizados após a prisão de um guerrilheiro, em maio, que carregava fotos do local no celular. As vítimas pertenciam às instituições evangélicas Alianza de Colombia e Cuadrangular. Eles atuavam em trabalhos de evangelização e ações sociais junto a comunidades vulneráveis na região amazônica do país. Os missionários identificados são: James Caicedo, Óscar García Máryuri, Hernández Maribel Silva, Isaid Gómez, Carlos Valero, Nixon Peñaloza, Jesús Valero
De acordo com o Ministério Público da Colômbia, o grupo teria sido convocado por integrantes da Frente Armando Ríos — uma dissidência das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), liderada por um comandante conhecido como Iván Mordisco.
A principal linha de investigação é de que os missionários tenham sido executados sob suspeita de ligação com o Exército de Libertação Nacional (ELN), grupo guerrilheiro rival. No entanto, até o momento, não há nenhuma evidência concreta que comprove qualquer envolvimento dos religiosos com organizações armadas. O caso gerou forte comoção entre lideranças religiosas e organizações de direitos humanos no país, que cobram justiça e medidas de proteção para trabalhadores humanitários que atuam em regiões de risco.
A Confederação Evangélica da Colômbia (CEDECOL) emitiu nota condenando o crime e exigindo proteção urgente para líderes religiosos que atuam em áreas sob influência de guerrilhas. “É urgente garantir a segurança daqueles que dedicam suas vidas a servir o próximo”. O caso reacende o alerta sobre a crescente hostilidade contra cristãos em regiões dominadas por grupos armados, onde a presença de missionários é vista como ameaça à autoridade local. As investigações seguem em curso.
Fonte: Brasil Paralelo