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foto divulgação

Pecuarista contabiliza uma vaca, três bezerros e três potros mortos em ataque de onça na fazenda

O clima é de tensão na zona rural de Talismã, no sul do Tocantins, após sucessivos ataques de onça-pintada registrados em propriedades da região. Segundo o precuarista Ricardo Mendonça, responsável pelas fazendas Mata da Vinagreira e Renascer, três ocorrências envolvendo o felino já deixaram um rastro de prejuízos e medo entre trabalhadores e moradores.O primeiro episódio foi registrado no dia 4 de março, quando uma onça invadiu um piquete localizado ao lado da casa do caseiro e atacou dois potros recém-nascidos. Um dos animais morreu e o outro ficou gravemente ferido. “Na ocasião, achamos que se tratava de um caso isolado e não levamos ao conhecimento das autoridades”, relatou Ricardo.

No entanto, no dia 29 de abril, a situação se repetiu. No mesmo local, o felino voltou a atacar e matou dois bezerros. Poucos dias depois, em 6 de maio, um novo ataque foi registrado, desta vez em uma área mais afastada da sede. Mais dois potros foram mortos e outros bezerros ficaram feridos. Diante da escalada de ataques, o produtor rural acionou a Defesa Civil, que emitiu alerta para os moradores da região e encaminhou o caso para órgãos competentes como o Naturatins e o Ibama. “Até o momento, apenas a equipe de investigação e captura do Naturatins tem nos dado suporte e está, inclusive hoje, no encalço do animal. Aguardamos o apoio dos demais órgãos para garantir segurança à vizinhança e à cidade”, destacou.

Além dos danos materiais, o medo da presença do animal tem afetado a rotina das famílias da região. A comunidade cobra uma ação mais efetiva das autoridades ambientais para a captura e realocação segura da onça, a fim de evitar novos ataques e preservar a fauna silvestre.

Resposta prefeitura de Talismã 

O prefeito de Talismã enviou ofício ao Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) em que relatou conflitos entre animais domésticos e a fauna silvestre em propriedades do município. Em resposta, uma equipe técnica realizou visita a duas fazendas, onde os proprietários mostraram os locais e descreveram os incidentes. Foram instalados dispositivos de monitoramento para observar novos episódios e compreender melhor o problema. O objetivo do monitoramento é diagnosticar os conflitos e propor soluções para a convivência entre animais silvestres, humanos e seus animais domésticos. Durante a visita, os moradores foram orientados sobre medidas preventivas, como:

– Redobrar atenção fora de casa, especialmente com crianças;

– Não oferecer comida ou água aos animais silvestres;

– Manter o quintal limpo, sem resíduos ou restos de alimentos;

– Trancar galinheiros e pocilgas à noite;

– Em caso de encontro com animal silvestre: manter a calma, evitar aproximação e agir com cautela;

– Instalar cercas elétricas ao redor das residências e abrigos animais como medida adicional de segurança.

Os dados coletados auxiliarão no planejamento de ações futuras.

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