O Ministério Público do Tocantins (MPTO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da 3ª Promotoria de Justiça de Araguaína, ofereceu denúncia contra 10 pessoas apontadas como integrantes de uma organização criminosa com ramificações no Tocantins, Maranhão e Pará. O grupo, segundo as investigações, tem ligação direta com a facção Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com o MPTO, a quadrilha é acusada de praticar tráfico de drogas, associação para o tráfico, comércio ilegal de armas e munições, lavagem de dinheiro e ainda planejava roubos a instituições financeiras no modelo conhecido como “Novo Cangaço”. As apurações revelaram que a organização funcionava em rede, com células independentes, mas interligadas. Em Araguaína, Joelson Barbosa Pereira Júnior, o “Leitinho”, foi identificado como proprietário de fato da loja Complexo das Armas, utilizada como fachada para a lavagem de dinheiro e abastecimento de armas ao grupo. Ele também exercia a função de “Sintonia Restrita” do PCC na região.
A promotoria afirma que o estabelecimento servia para fortalecer a capacidade bélica da organização e escoar recursos ilícitos oriundos do tráfico e de crimes patrimoniais. Parte da estrutura criminosa foi desarticulada em junho deste ano durante a Operação Cerberus, deflagrada em ação conjunta da Polícia Federal e da Polícia Civil do Tocantins. Na ocasião, foram cumpridos mandados de busca, apreensão e prisões. Os agentes apreenderam armas de grosso calibre, mais de 6 mil munições, drogas, uma prensa hidráulica usada para preparo de entorpecentes, balanças de precisão e grande quantidade de dinheiro em espécie.
Foram denunciados: Joelson Barbosa Pereira Júnior (“Leitinho”), Hugo Sérgio Soares Rodrigues, Patrícia Soares de Oliveira, Guilherme da Silva, Alisson Cássio Moura Barreto, André Brener Alves Braz, Breno Pereira da Silva, Francisco Morais Lima (“Amaury”), João Vítor Farias Sousa e Johnata Silva de Oliveira.