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MPF vê “continuidade” de corrupção e dá parecer contra retorno de governador afastado

O Ministério Público Federal (MPF) se manifestou contra o pedido de Habeas Corpus impetrado pela defesa do governador afastado do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), que tenta retornar ao cargo. A informação é do Portal Cleber Toledo. Ele está afastado desde o dia 3 de setembro, por decisão do ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Mauro Campbell, no âmbito da Operação Fames-19, que investiga o desvio de recursos destinados à compra de cestas básicas durante a pandemia da Covid-19.

O parecer contrário ao retorno do governador é assinado pela subprocuradora-geral da República, Maria Caetano Cintra Santos. De acordo com o MPF, a decisão de afastamento encontra respaldo nos indícios de que as irregularidades persistiram ao longo do tempo. O relatório de Mauro Campbell, citado no parecer, aponta “atos de corrupção que jamais se interromperam”.

“O Superior Tribunal de Justiça referendou a decisão liminar de afastar o governador do cargo, citando evidências de que o ora paciente transformou o governo em um verdadeiro balcão de negócios, exigindo altas taxas de retorno (propina) em contratos. Além disso, fora consignada a continuidade da atividade criminosa, incluindo o uso de dinheiro desviado para construir um empreendimento em nome de seus filhos, reforçando a necessidade do seu afastamento”, avaliou Maria Caetano.

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