As infecções envolvem uma criança de 4 anos, não vacinada, que teve contato com pessoas vindas da Bolívia, país que já contabiliza 60 casos de sarampo em 2025 e uma mulher de 29 anos, profissional da saúde, também não imunizada. Ambos os pacientes apresentaram os sintomas clássicos da doença e seguem em cuidados domiciliares. Para confirmação definitiva dos casos, as amostras foram encaminhadas à Fiocruz, no Rio de Janeiro, laboratório de referência nacional. Ainda não há prazo para o resultado final.
A SES informou que mobilizou equipes desde a última sexta-feira (18), com o envio de quatro profissionais de vigilância em saúde para o município, reforçados nesta segunda-feira por mais quatro técnicos estaduais e quatro servidores do Ministério da Saúde. As ações incluem vacinação de contatos próximos, orientação sobre isolamento e medidas preventivas.
A Pasta destacou ainda que os casos registrados em Campos Lindos são o sexto e o sétimo confirmados em todo o país neste ano. Os outros foram no Distrito Federal (1), Rio de Janeiro (2), São Paulo (1) e Rio Grande do Sul (1). Altamente contagioso, o sarampo é uma infecção viral transmitida pelo ar, por meio da fala, tosse, espirro ou respiração. Os sintomas incluem febre alta, manchas vermelhas no corpo, tosse, coriza e conjuntivite. Em casos mais graves, pode evoluir para pneumonia, encefalite e até levar à morte.
A principal forma de prevenção é a vacinação. No Tocantins, a cobertura vacinal ainda está abaixo do ideal. Em 2024, 93% das crianças receberam a primeira dose da tríplice viral, mas apenas 80% completaram o esquema. Em 2025, até agora, a cobertura está em 86% para a primeira dose e apenas 55% para a segunda. O recomendado é 95% de cobertura para a população-alvo. A vacina está disponível gratuitamente nas mais de 300 salas de vacinação do Estado.
Além da imunização, medidas como isolamento domiciliar, uso de máscaras, higienização das mãos e etiqueta respiratória são fundamentais para conter a disseminação do vírus. Pessoas com sintomas não devem frequentar escolas, ambientes de trabalho ou locais com grande circulação por pelo menos quatro dias após o surgimento das manchas.
