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Especialistas reforçam urgência em cuidar da primeira infância e alertam para alta mortalidade infantil

Profissionais da saúde e da educação reuniram-se em Palmas para debater a importância da atenção à primeira infância como estratégia eficaz de prevenção à mortalidade infantil. O evento, promovido pelo Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO) na terça-feira (17), trouxe à tona preocupantes dados sobre bebês que perdem a vida por causas que poderiam ser evitadas com ações precoces na atenção básica.

O mestre em Educação Vital Didonet, presente no encontro, destacou que os direitos das crianças pequenas vão além do cumprimento legal: “é uma grandeza na vida daquela pessoa”. Em seguida, a pediatra Gabrielle Santos Sevilha, do Comitê Estadual de Prevenção do Óbito Materno, Fetal e Infantil, apresentou dados que reforçam o impacto da atenção primária eficaz: quase 64% das mortes infantis ocorridas no Tocantins poderiam ter sido prevenidas com atendimento adequado.

O debate foi centrado em três pilares: ampliação da cobertura da atenção básica, qualificação do pré-natal e acolhimento contínuo de gestantes e crianças. O evento pontuou que a falta de apoio nesses momentos críticos reflete diretamente na quantidade de óbitos, muitas vezes vinculados a condições que o SUS tem estrutura para evitar. Gabrielle Santos resumiu o sentimento dos profissionais: “É muito duro… ver que poderíamos ter feito algo lá atrás… é um cenário muito triste”.

O encontro fez parte da programação especial do Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCE-TO) voltada à proteção da infância e ao fortalecimento das políticas públicas na área da saúde. Com diagnósticos técnicos e propostas práticas, os especialistas apontaram caminhos para transformar dados alarmantes em estratégias eficazes — com investimento desde o berço para garantir um futuro com mais saúde e equidade no Tocantins.

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