A Operação Serras Gerais, deflagrada nesta quinta-feira (29) pela Força Integrada de Combate ao Crime Organizado no Tocantins (FICCO/TO), revelou que uma instituição financeira foi utilizada como instrumento central para lavagem de dinheiro por uma organização criminosa especializada no tráfico de drogas. Investigações apontam que o estabelecimento recebeu valores milionários de empresas ligadas a uma facção com atuação interestadual.
De acordo a Polícia Federal, com as apurações iniciadas em 2024, os investigadores apontam que o grupo criminoso movimentou cerca de R$ 70 milhões em oito meses, utilizando empresas reais e de fachada — incluindo construtoras — para mascarar a origem ilícita dos recursos. A instituição bancária em questão funcionava como “banco paralelo” na operação, facilitando a circulação de grandes somas sem controle das autoridades.
Esta não é a primeira vez que a mesma instituição é alvo de investigações. Em agosto de 2024, a Polícia Civil de São Paulo já havia identificado seu envolvimento em esquema semelhante de lavagem de capitais com outra facção criminosa. As novas provas coletadas no Tocantins reforçam o modus operandi de grupos que se infiltram no sistema financeiro para legitimar ganhos ilícitos. Além do bloqueio de bens no valor de R$ 64,2 milhões, a operação cumpriu 50 mandados judiciais em seis estados, com 15 prisões temporárias e 35 buscas e apreensões. Entre os bens apreendidos estão fazendas, veículos de luxo, aeronaves e embarcações usados pela organização.
A FICCO/TO ressaltou que as investigações sobre o envolvimento da instituição financeira continuam, com possibilidade de novas medidas. O caso expõe a sofisticação de esquemas que utilizam o sistema bancário para ocultar recursos do tráfico de drogas. O Portal TO Em Notícia acompanha os desdobramentos e atualizará as informações conforme novas apurações oficiais.