Compartilhe

Plano de Manejo da APA Ilha do Bananal/ Cantão avança com discussão envolvendo a comunidade

O Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins) participou do encerramento das oficinas do Plano de Manejo da APA Ilha Bananal/Cantão. As oficinas marcaram a fase de consulta sobre o diagnóstico da Unidade de Conservação (UC). Outras etapas ainda serão realizadas. As atividades ocorreram no Centro de Convenções, pela manhã em Divinópolis e à tarde em Monte Santo.

O objetivo das oficinas é envolver a comunidade na etapa de caracterização da área, ou seja, as pessoas presentes nas oficinas vão ajudar a identificar e confirmar informações importantes sobre a APA Ilha do Bananal/Cantão, além de colaborar com a visão comunitária sobre essas áreas. Essa participação é fundamental  para que, na próxima fase, seja possível definir corretamente as zonas de manejo.

As oficinas tiveram início no dia 3 de agosto. Ao todo foram realizadas 14 oficinas distribuídas nos nove municípios que compõem a APA Ilha Bananal/ Cantão, e contou com a participação de representantes do Conselho, instituições públicas e privadas, comunidade, produtores rurais da região, professores e estudantes de escolas públicas.

O gerente das Unidades de Conservação do Naturatins, Victor Danilo Moreto, participou das oficinas e ressaltou a importância dessas ações. “As oficinas permitiram uma escuta ativa e participativa da população local, resultando na coleta de informações valiosas para a revisão do Plano de Manejo da APA IBC. Os encontros fortaleceram os diálogos entre o órgão ambiental e as pessoas diretamente inseridas nas UCs, promovendo maior transparência e engajamento social durante todo o processo. As informações coletadas nas oficinas trouxeram subsídios importantes para o diagnóstico, ajudando a identificar desafios locais, bem como as oportunidades de melhoria para uma gestão mais eficiente e integrada da APA”, destacou.

A ação integra o Termo de Convênio nº 01/2025, firmado entre o Naturatins, a Universidade Federal do Tocantins (UFT), por meio do Instituto de Atenção às Cidades (IAC); e a Associação para o Desenvolvimento Sustentável do Tocantins (ADSTO).

Para a representante das mulheres agroextrativistas da APA Ilha Bananal/Cantão de Divinópolis, Maria da Ascensão da Silva, essas reuniões ajudam a discutir o que pode ajudar na preservação do Cerrado. “A oficina é muito importante porque escutamos, ouvimos e falamos o que queremos de melhor para o Cerrado, para os recursos naturais e para nossa região. Trabalhamos com produtos naturais do Cerrado, como farinha do jatobá, óleo, farinha da macaúba e geleia de frutos naturais. Trabalhamos juntas uma ajudando a outra. O Cerrado é um tesouro para nós”, afirmou.

O professor da Universidade Federal do Tocantins (UFT), coordenador geral do projeto do Plano de Manejo da APA Ilha do Bananal/Cantão e presidente do IAC, Humberto Xavier, fez um balanço sobre as oficinas que foram realizadas. “Nós da UFT, estamos alegres em encerrarmos essa etapa após 14 oficinas com bastante mobilização social. Às pessoas participaram, estiveram ativas, tirando dúvidas, trazendo sugestões, expressando a sua dor de estar vivendo dentro de uma APA sem ter um plano atualizado. Então, nosso objetivo enquanto universidade é trazer essa imparcialidade e compatibilizar o equilíbrio entre pessoas, meio ambiente e a produção. O balanço é bastante positivo. Mais de 2 mil pessoas participaram ao longo desses últimos dias na oficina”, destacou.

Ainda serão realizadas outras fases do Plano de Manejo da APA Ilha Bananal/Cantão, e a expectativa é que, ao final do processo, o novo plano traga segurança jurídica, fortaleça a proteção da biodiversidade e se torne uma referência para outras UCs no Tocantins e em todo o país.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *