Medicamentos vencidos, ambulâncias com pneus carecas e falta de médicos são apenas alguns dos problemas encontrados pelo Tribunal de Contas do Estado do Tocantins (TCETO) durante uma vistoria na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Tocantinópolis. O relatório, divulgado nesta terça-feira (3), expõe uma realidade preocupante: a unidade, que deveria ser referência em atendimento emergencial, opera com graves deficiências na estrutura e na gestão.
A fiscalização, realizada nos dias 24 e 25 de abril pelo projeto “TCE de Olho”, flagrou situações que colocam em risco a saúde da população. Entre as irregularidades estão: falta de médicos, sem escala visível ou controle de frequência dos profissionais; medicamentos vencidos, estoque mal armazenado e descarte inadequado; ambulâncias precárias, veículos com pneus desgastados, sem climatização e sinalização defeituosa; falta de protocolos, não há diretrizes claras para prescrição de remédios e exames; estrutura degradada, equipamentos sem manutenção e prédio com necessidade de reparos.
Diante das falhas, o TCETO notificou o prefeito Fabion Gomes de Sousa e a gestora da Saúde municipal, Maria da Conceição Marinho de Farias Rego, exigindo um plano de ação em 15 dias. O documento deve detalhar prazos e responsáveis por cada ajuste. O “TCE de Olho” é um projeto que fiscaliza serviços públicos em parceria com a população. Desta vez, a UPA de Tocantinópolis foi alvo após denúncias e constatações in loco. Enquanto as correções não são feitas, os moradores seguem dependendo de uma estrutura que, hoje, não garante segurança nem qualidade no atendimento.
O que diz a Prefeitura?
O TO em Notícia entrou em contato com a gestão municipal, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O espaço segue aberto para manifestação.
